Arquivo da categoria: Cultura

Documentário – Rodrigo Nézio & Duocondé Blues

Entrevista – Kid Vinil

Entrevista com Antonio Carlos (Kid Vinil) sobre o Movimento Punk e Ditadura Militar.

Vídeo: Mauro Torres

Entrevista: Ana Paula Sandim e Jessica Newman

Vídeo Realizado no dia 19/05/2011 – Belo Horizonte – MG

Crítica – Teatro Oficina

Foi mais do que uma peça de teatro

O horário de verão não deixava o crepúsculo ter cara de noite. Na fila, pessoas  cult e  os dois extremos sociais, bem representados pela distribuição do espaço ao redor da enorme tenda montada na Barragem Santa Lúcia: a mistura entre  o lado rico e o  lado pobre daquela barragem começava, de um modo estranho, a fazer sentido.

Três dias antes do tão polêmico 25 de outubro, fui convida para assistir a uma peça do ilustre Zé Celso. Minha primeira pergunta foi: quem é Zé Celso? Pode soar estranho, mas na noite do dia 22 de outubro de 2010, às 19h40, poucos ou quase ninguém daquela sala de aula sabia ao certo quem era esse ilustre cidadão.

José Celso Martinez Corrêa é um dos principais nomes das artes brasileiras, da primeira geração encenadores 100% nacionais, e uma das figuras mais importantes ligadas ao teatro no mundo. Sim, esse é o cara, mas não foi assim que me foi apresentado. Zé Celso e suas polêmicas peças teatrais me foram apresentados em O Banquete.

Quatro horas de peça, 23 pessoas entre músicos, atores e outros artistas (e um mísero detalhe: alguns completamente nus): este era o tal Zé Celso e seu grupo Uzyna Uzona. Choque para muitos, curiosidade para poucos.

25 de outubro de 2010. Após a entrega dos convites, os rumores e as expectativas rondavam todo o ambiente.  Parada naquele terreno próximo à barragem, eu observava as formas do Morro do Papagaio, procurava ali uma explicação para tudo o que lá se manifestava.

A tão esperada peça começa ali mesmo, do lado de fora do espaço provisório montado para 1.200 pessoas, num ritual de lava-pés e um espanto ou um choque de realidade. A música, o aroma e as vestes transparentes deixando o corpo à vista traziam para o ambiente um ar de erotismo, que foi quebrado em segundos por um ser demoníaco que surgiu por trás da tenda, com grandes chifres e com seu pênis para fora, deixando o público boquiaberto e a Santa, de olhos fechados.

“Convidativo demais” era a frase que brotou no meu pensamento, ironizando minha presença naquele terreno.  Desviando dos atores, entro para assistir a continuação da peça, me ajeito na arquibancada e observo o público que senta ao redor do palco com cara de passarela, e me pergunto: “O que estou fazendo aqui?”

A curiosidade sobre o clássico escrito por Plantão no séc. V a.c – O Banquete – , adaptado por Zé Celso, trazia à tona ao meu mundo particular uma realidade “cega”. O amor livre, a religião, as drogas, o sexo e a homossexualidade.

A forma retratada pelos atores transformava tudo em algo natural, como se em um toque de mágica a inquietação dos espectadores fosse resolvida.

Mas nem tudo eram flores…

O que eu entendia por arte saiu de cena pouco antes de uma hora de peça. Regados a vinho, frutas e ‘cordeiros’ (jovens sedentos por novas experiências), a encenação ganhava outro tom.  O amor era descrito como livre. Orgias eram aceitas. Palavras que consideramos banais eram pronunciadas sem nenhum pudor, como C*. A nudez em si, não me espantava mais, as coisas ocorriam de forma que os corpos despidos não eram mais importantes. As vozes contagiavam, mas os atores me confundiam, e o palco literalmente se transformou em passarela, dando espaço às pombas giras e outras entidades.

Acredito que a intenção da peça era uma das melhores, mas posso dizer com toda certeza que eles pecaram em alguns quesitos: abrir um discurso sobre as drogas e dar a palavra para apenas um dos lados; apresentar a religião como instrumento de coerção dos pensamentos; trazer um Deus à mesa sendo o próprio banquete. Parodiar um hino Cristão foi além dos limites considerados padrões de um espetáculo. A encenação, ou sexo explicito, foi, na minha opinião, apelativa. Não era necessário ‘um dedo a mais’ na situação.

Quando eu ouvir falar sobre Zé Celso e seus ‘seguidores’, poderei dizer: “Eu conheço! Porém, não gosto, mas indico.”

Por quê? Em algum momento na vida, vamos ter ‘que abrir a cabeça’, deixar nosso lado etnocêntrico fora de questão, e tentar, independente da situação, extrair algo construtivo.  Nessa ocasião posso criticar e opinar, pois Zé Celso e o elenco das Dionisíacas chegaram para propor a diversidade de idéias, e saíram impondo como verdade absoluta os próprios ideais.

Por Ana Paula Sandim Paiva
Publicada: Jornal Contramão – 14ª Edição.

A Red Bull promove concurso fotográfico Best Shot

Evento selecionou cinco universitários como forma de integrar música e arte

Durante o evento Red Bull Thre3Style, foram selecionados cinco estudantes universitários para que registrassem os melhores momentos da festa da Red Bull que rolou no Deputamadre no dia 29 de setembro.

As fotos selecionadas terão exposição itinerante nos campi UNA, PUC, UFMG, Fumec e Newton Paiva. Os universitários poderão participar da escolha da melhor fotografia, o resultado sai no dia 15 de outubro. Os participantes concorrem a uma viagem com todas as despesas pagas para o Rio de janeiro, no dia 22 de outubro, para cobrir a final nacional do Red Bull Thre3Style.

Foto| Divulgação

Entre os concorrentes, o estudante do 7º período de cinema, Frederico Cheib, 27, representa o Centro Universitário UNA no concurso.

Acesse o site da Red Bull e veja o que rolou em todo o evento.

Nota publicada no Jornal Mural Abre Aspas – UNA
Site da UNA
Por Ana Paula P. Sandim


“Tem gente que veio só olhar”

Compre seu bilhete e embarque em uma divertida viagem

Foto| Mauro Torres

Antes do sol nascer, lá está o condutor, em seu posto, vendo o dia nascer em cada estação. As catracas giram. Os passos, antes lentos, agora se apressam. As portas se abrem e todos embarcam para uma viagem: a passeio, a trabalho, a caminho da escola ou, apenas, até a próxima estação. Dormindo, cantando, lendo as manchetes do dia, as pessoas sorriem e desejam “bom dia”, “bom trabalho”, “até logo”…
Da Estação Eldorado parto para a Estação Cidade Industrial. O vagão, agora, começa a se complicar. Empurra-empurra, corredores lotados e pessoas estressadas, antes das 6h30. Os corpos se misturam, se apertam até se acomodarem. Enquanto isso, no próximo terminal, centenas de trabalhadores aguardam o vagão. Na parada seguinte, muitos ouvem o arrastar e o deslizar pelos trilhos. Com a força do hábito, o barulho avisa aos viajantes, que, prontamente, se posicionam atrás da linha amarela. E mais uma vez a cena se repete: corpos colidem e se comprimem. Entra e sai de passageiros. Acabo de passar pela estação Vila Oeste, que de vila eu não vi nada, apenas um aglomerado desordenado de casas.
Pela janela vejo ruas, passarelas e prédios que se movem a 38 km/h. Sei disso porque é padrão do metrô de Beagá. Tudo me distrai. Num simples olhar me deparo com um rosto cansado e abatido. Ao meu lado vejo um casal trocar beijos e caricias, sem se importarem com a platéia ao redor. Observo o encontro de duas gerações: uma garotinha e uma linda senhora. Histórias que observadas em câmera lenta renderiam histórias para bons livros. Sigo, sem desembarcar: Gameleira, Calafate, mais velocidade, 80km/h, Carlos Prates… e uma voz surgiu entre aquela confusão “Estação Lagoinha, acesso à Rodoviária”. Avisto pela janela o terminal, observo o trânsito e as pessoas. Os passageiros entram e se localizam.
Terminal Central, Praça da Estação, o local é um desembarque na história. O prédio da antiga Estação Central, um dos monumentos que faz parte dos mais belos conjuntos arquitetônicos da capital, tem um grande valor para a cultura da cidade. Será que as pessoas que embarcam notam a beleza do lugar?
Sigo o meu itinerário. Próximos destinos: as Estações das ‘Santas’ Efigênia e Tereza. Ao passar pela Estação do Horto, me deparo com outra Santa, desta vez a Inês. Ainda não se passou das 8h e o local já está mais acessível, mas, não vazio. “Só ultrapasse a faixa amarela quando o trem abrir as portas”.
Desembarco na Estação José Cândido da Silveira. Todos em um movimento ensaiado seguem “Desembarque pelo lado esquerdo do trem”. Desço e aguardo o próximo vagão. Observo as horas que, para os que esperam, passa lentamente.
No outro lado da plataforma, no sentido Eldorado, os passageiros embarcavam. Rostos colados nas portas e em janelas… e nesta estação apenas seis desembarcaram. Neste intervalo entro no vagão que já estava cheio, sigo para a Estação Minas Shopping. Um conflito: todos que saem contra quatro que querem entrar. Em pouco tempo o vagão ficou vazio e grande demais para apenas cinco que nele permaneciam. Naquele espaço, eles se olham de “canto olho” e assim como eu, ouvem: “O metrô reserva 15% da suas cadeiras para idosos, gestantes e deficientes físicos…”.
A Estação São Gabriel é diferente de todos os terminais, com o fluxo de pessoas maior. Uma cena me chamava atenção: as pessoas se esbarram, não pedem licença e mal se olham. Será que a rotina de saltar dos vagões transformam as pessoas como robôs?
Dividindo o assento, passo pela Estação Waldomiro Lobo… Estação Floramar, as portas abrem, alguns desembarcavam e a cena apenas se repete: as pessoas se esbarram, não pedem licença e mal se olham.
Meu destino está próximo. “Estação Terminal Vilarinho, solicitamos a todos que desembarquem do trem”. Volto. Sentido Eldorado. Desço. Viro. E quando me posiciono: “Cuidado com a distância entre o trem e a plataforma”.

Por Ana Paula Sandim
12ª Edição Jornal Contramão
Link : Versão Impressa

Entrevista: Sebastião Nery

Jornalista político Sebastião Nery, laça a 2ª edição do livro: ‘A Nuvem, o Que Ficou do Que Passou’ – 50 anos de história vivenciados pelo autor.

Como foi o processo de construção do livro “A NUVEM”?

Sebastião Nery – Foi um processo que se complicou, exatamente pela história do livro. A documentação que eu tinha, tinha ficado muita parte pra trás, em 1954 fui candidato a vereador aqui em Belo Horizonte e fui preso, entraram na minha casa e levaram meus documentos. Vou para Bahia, e vem o golpe de 61, a renúncia do Jânio, fui preso de novo, entraram na minha casa, carregaram todos os meus papéis. Chega o golpe de 64, aí devastou: pararam um caminhão e carregaram todo o meu apartamento, até o papel higiênico, sabonete phebo, tudo. Tinha um Guingnard, com uma dedicatória para mim, tinha um Vicente de Abreu, presentes de meus amigos, pinturas, carregaram tudo. Quando eu fui escrever o livro é que eu percebi que havia perdido uma documentação grande. Foi quando eu u tentei recuperar.

Passei algumas tardes aqui na biblioteca na Praça da Liberdade, pegando a documentação do tempo que eu morei aqui em Minas. Mas o problema é que eu morei na Bahia, e que morei em São Paulo, morei no Rio, e também que morei em Portugal, na Espanha, em Paris, na Itália, em Moscou (…) E como a vida era muito ampla e a documentação que eu tinha era pequena, fui e recuperando aos poucos, e quando consegui e trabalhei nisso em seis meses. Sentei e escrevi o livro assim em seis meses. Consegui uma boa documentação. Outra coisa é o tempo. Muitos amigos mortos, muitas testemunhas mortas e então eu procurava pessoas que não encontrava mais. Mas o livro pegou. E eu acho que eu consegui documentar e contar a história de 1950 até 2000 numa grande documentação histórica e fatos concretos.

Como você avalia o jornalismo de hoje com o jornalismo de antes, quando começou a exercer a profissão?

Sebastião Nery – O jornalismo muda como o país mudou. Antes nós tínhamos um país que era antes de Juscelino um país rural e comercial. E então a imprensa era uma imprensa partidária, cada partido tinha seu jornal. Depois você tem uma imprensa empresa: os jornais pertencem a grupos econômicos que em geral quase todos pertencem aos selos bancos. A imprensa não é mais aquela imprensa: nem a imprensa partidária de antes nem também uma imprensa ideológica. Hoje é uma imprensa financeira. É uma imprensa que defende os projetos econômicos dos grupos que a sustentam. Então você não pode ter mais Carlos Lacerda. Por que você não tem Carlos Lacerda? Porque Carlos Lacerda tinha projeto política da UDN. Hoje não há nenhum jornal que tenha um projeto político. O projeto político do jornal ou é o projeto do atual governo ou contra este governo. Foi isso que mudou.  A imprensa deixou de ser imprensa pra ser empresa.

Tem umas vantagens que tecnologicamente ela melhorou, ela tem mais condições, chega mais ao povo, mas por outro lado, ela não é opinativa. Ela é muito menos opinativa do que já foi. E isso faz com que ela comece a perder a briga com a internet, porque a internet é para dar notícia seca, a internet é para dar a notícia com, como ela diz, em tempo real, mas o jornal tem que discutir o jornal que tem que dar opinião, tem que debater. Se o jornal quiser pensar e fazer no dia seguinte o que a internet fez na véspera morrem todos. Então os jornais têm que opinar, discutir o país, participar. Senão, agrava-se o que já está acontecendo. É que você chega em casa a noite, você entra na internet e lê a primeira página do Globo, e lê a primeira página do Estado de Minas, e lê a primeira página do Correio Brasiliense e você fica sabendo a noticia. Quando chega no outro dia o jornal está dizendo a mesma coisa aí não adianta comprar o jornal. Por isso que eles, a Folha vendia um milhão de exemplares e também o Jornal do Brasil e também o Globo e o Dia, vendiam um milhão de exemplares no Rio de Janeiro no fim de semana. Hoje nenhum deles vende mais que 300 mil no fim de semana, de sábado pra domingo. Por quê? Porque as pessoas já viram no jornal na internet as notícias. Então é preciso que o jornal seja um instrumento de debate, de opinião, senão vai apanhar muito da internet. E a juventude que maneja a internet vai a cada dia lendo menos jornal. Porque ela acha “Pô já tenho aqui na internet pra que eu vou comprar o jornal na banca ou assinar o jornal ou ler o jornal?”

A censura que existia naquele tempo, ainda existe?

Sebastião Nery – A censura da ditadura era muito bruta porque censurava às vezes a própria noticia. Mas hoje não há uma censura nos jornais. Os jornais se alinharam demais. Ou o governo ou a oposição. Então o que eu acho hoje é que os jornais estão excessivamente dependentes do grupo financeiro ao qual eles pertencem. Então no Rio de Janeiro hoje nós temos uma coisa grave, aquilo que o ex-prefeito César Maia chama de o pensamento único do Rio de Janeiro. Você tem no Rio de Janeiro a TV Globo, e você têm a rádio Globo e depois você tem O Globo e depois você tem o Extra depois você tem o Super… Então, a Globo tem seis, sete canais de comunicação e todos são dela. E não teve ninguém pra contestar que o Dia morreu, ta com 50 mil exemplares, quando já teve um milhão e o Jornal do Brasil morreu, ta na UTI. Então você tem uma cidade como o Rio de Janeiro que é capital, cultural, num sei o quê, a capital política do país hoje é totalmente dependente do pensamento Globo. Quando o Roberto Marinho estava vivo, eu, por exemplo, que trabalhei na TV Globo seis anos, sete anos, eu sabia o que o Roberto Marinho pensava. Mas eu não sei se os filhos do Roberto Marinho pensam alguma coisa, não sei o que pensam, e eles têm o comando das empresas dele e tal. Isso é muito ruim. Porque a cidade, o país, fica dependente de um grupo empresarial que é excessivamente monopolista. Aí falam: “ah porque o Chavez” o Chavez é uma menina de primeira comunhão diante da TV Globo. O controle da televisão que a Globo faz, bem, num é controle, a supremacia, o domínio, ver o império que é a Globo é muito maior do que a televisão do Chavez lá na Venezuela. Isso é claro que ela não impede os outros jornais, mas ela é tão poderosa que acaba dominando e isso é ruim pra imprensa. Por isso que tem que discutir… não isso que o governo propôs que eu acho totalmente errado, é preciso analisar o que os jornais tem. Nada disso! O Globo tem que escrever o que quiser. Mas os outros grupos também têm que participar do processo. E ter seus jornais, suas rádios, para daí discutir. Não é porque você chega à França, tem um grande jornal, que é um jornal que apóia o governo, mas tem mais oito jornais. Aí você faz a discussão, o que não pode é um só.

O que você espera hoje com o relançamento do livro “A Nuvem”?

Sebastião Nery – Eu não tenho nenhum medo da concorrência da internet em cima do livro. Claro que tem uma vantagem; as editoras e os autores vão ter que fazer cada vez mais livros que a juventude leia porque aquela linguagem excessivamente acadêmica, excessivamente técnica, afasta milhões e milhões de leitores que se acostumam a ler na internet mais superficialmente. Então o livro tem que disputar aí. As pessoas têm que perceber o que o livro é além da notícia. Então esse livro que ta aqui conta uma história, tem 50 anos de história, então se você for botar isso na internet tem que botar muito. Mas é preciso que as editoras façam livros assim como esse e é preciso que a internet não se banalize demais para não ficar tão banal e medíocre que prejudique a formação da juventude. Você não pode encher a internet de Big Brother. Uma besteira atrás da outra, não pode isso também, porque isso é um crime cometido contra o futuro do país.

Mais trabalhos do Jornalista:

Colunista político histórico da “Tribuna da Imprensa”, republicado em outros 25 jornais do País, Nery é autor do best-seller “Folclore Político”, que marcou a literatura política nos anos 70, “Socialismo com liberdade” (1974), “16 derrotas que abalaram o Brasil” (1974), “Crime e castigo da divida externa” (1985), “A história da vitória: porque Collor ganhou” (1990), “A eleição da reeleição” (1999) e “Grandes pecados da imprensa” (2000). Em 2002, reuniu 1.950 histórias numa edição definitiva do “Folclore Político”.

Vídeo entrevista

Por Ana Paula P. Sandim

Encerramento 6ºFestival de Jazz Savassi

O feriado de comemoração da Independência do Brasil reuniu uma multidão de pessoas no coração da Savassi, mas não era nenhuma manifestação política. Pelo contrário, essa reunião tinha um motivo cultural: a música, mais precisamente o encerramento do Savassi Jazz Festival: Jazz & Lounge.

Essa foi a sexta vez que as ruas da Savassi substituiu o trânsito caótico pelo Festival. Mas não foram só as ruas desse bairro: alguns cafés e praças da cidade também foram invadidos pelo Jazz. O evento durou cinco dias e aconteceu entre 3 e 7 de setembro. Segundo o site “Divirta-se uai”, 130 artistas participaram do Festival. O ingresso foi um quilo de alimento, que posteriormente será doados aos necessitados.

Galeria

Por:  Ana Paula P. Sandim/ Natália Oliveira
Foto: Ana Paula P. Sandim
Jornal Contramão

Comemorações dos 112 anos de Belo Horizonte

12 de dezembro, Belo Horizonte completa 112 anos. Para comemorar o aniversário da capital, uma série de atrações culturais e inaugurações de projetos e obras da prefeitura acontecerá em toda a cidade durante esse mês. Sendo todos os eventos gratuitos. Na região centro sul, Savassi, o Café com Letras, está com a Exposição de Luminárias “Luzes da Cidade”. Realizada pelo Museu do Cotidiano e Instituto Cidades Criativas. A  Exposição, que teve sua abertura no dia 8 de dezembro, se prolongará até 10 de janeiro.

A partir das 9h, neste sábado na Praça da Liberdade, acontecerá  o Programa Viva a Praça, que trará diversas atrações para a população. O Viva a Praça também marca a oitava edição o Dia V ( dia do  voluntário), evento com várias ações cidadãs, que mobiliza toda a população  para fazer alguma atividade em benéficio da comunidade.

Fechado desde outubro de 2007, para reformas, o Centro de Cultura na rua da Bahia reabre suas portas e volta ao circuito cultural de Belo Horizonte. E no dia 14 reabre suas portas ao publico com a Exposição “Rui, Sete e Raul: memórias de praças do hipercentro”. A Exposição contará com as fotos das praças mais famosas da capital, Rui Barbosa, Sete de Setembro e Raul Soares. Será apresentada também uma mostra de curtas – metragens contemporâneos, de 14 a 18 de dezembro. O Centro de Cultura se localiza na Rua da Bahia, 1.149, Centro.

Texto e foto: Ana Paula P. Sandim
Jornal Contramão

Último dia de férias atrai crianças ao teatro

Aproveitando os últimos dias de férias, pais levam seus filhos em espetáculos teatrais, cinemas e apresentações de dança. A 36ª Campanha de Popularização do Teatro e da Dança de Belo Horizonte, que teve seu lançamento no último dia 5, traz uma programação bem divertida e variada para aqueles que passaram o período de férias na Capital. O evento conta com 53 estréias (37 adultos, 12 infantis e quatro de dança) do total de 122 espetáculos (78 adultos, 35 infantis e nove de dança).

Vários teatros da cidade fazem parte da programação, entre eles o Teatro ICBEU, localizado na Rua da Bahia, 1723, bairro Lourdes, que vem atraindo pais e crianças com grandes clássicos.

Entre eles “O Gato de Botas” que traz uma nova adaptação na história. A peça tem como objetivo incentivar a leitura, fazendo com que as crianças se espelhem nos artistas e se aproximem mais dos livros. Os atores prometem uma história recheada de aventuras.

A programação do final de semana conta com mais dois espetáculos: A Vaquinha Lelé às 16h, Chapeuzinho Vermelho e Lobo-Guará às 17h10 e O Gato de Botas (Qua a Sex) 17h e nos dias 15 e 16 de fevereiro (Seg e Ter) 17h.

(foto divulgação)

Preços: R$24 (inteira), R$12 (meia), R$10 (no posto Simparc) Mercado das Flores, Shopping Cidade e Shopping Pátio Savassi e nos dois Postos Móveis Fiat-Sinparc

Maiores informações no site do Sinparc

Texto e foto Ana Paula P. Sandim
( Jornal Contramão – contramao.una.br )

Passarela do samba na Praça da Liberdade

Na tarde desta quinta- feira, a Praça da Liberdade transformou–se na passarela do samba, com blocos caricatos e foliões que proporcionaram a aqueles que estavam na praça ritmo e a alegria do carnaval. No prédio da Secretaria do Estado de Obras Públicas de Minas Gerais, foi apresentada oficialmente a programação do evento “Carnaval das cidades históricas mineiras” que está na sua segunda edição.
Organizado pela Secretaria de Estado de Turismo de Minas Gerais, o evento tem como objetivo valorizar os blocos carnavalescos, escolas de samba, bailes, marchinhas, corsos e bonecos gigantes, tornando a folia ainda mais encantadora para turistas e visitantes. Lançada no ano de 2009, a iniciativa foi bem sucedida e este ano foram incluídas no circuito mais três cidades: Diamantina, Sabará e Tiradentes.
Representantes das cidades compareceram ao local a caráter, a cidade de Diamantina apresentou o bloco “das Domésticas”, composta por cinco aposentados vestidos de vermelho e com perucas loiras chamaram a atenção de motoristas e pedestres que passavam no local, além de ser a diversão das crianças.
Da cidade de Ouro Preto, o grupo Viola de Folia criado em 1998 pelo músico Vicente Gomes, representa o folclore de Minas Gerais.  Com 11 anos de estrada já lançaram dois CDS, “Vida de Folia”, em 2001 e “Cheiro da Terra” em 2004 e, agora, aguardam a aprovação do projeto da Lei de Incentivo para o lançamento do DVD que já foi gravado, mas ainda não possui nome.

Grupo Viola de Folia

Vicente Gomes, 55, conta que eles utilizam como referência as músicas de congado e folia, mas garante que o seu som é diferente. Quando perguntado sobre a importância da valorização do carnaval de rua ele nos declara “excelente a união das cidades mineiras com isso temos o nosso trabalho divulgado e reconhecido, aqui em minas existe muitas riquezas” ressalta feliz a importância do trabalho.

Por: Ana Paula P. Sandim, Iara Fonseca
Foto: Ana Paula P. Sandim
Jornal Contramão – contramao.una.br